Biografia expõe os paradoxos de Cyro Martins | | Imprimir | |
A biografia Cyro Martins – 100 anos, o homem e seus paradoxos, escrita pelos jornalistas Celito De Grandi e Nubia Silveira, será lançada no próximo dia 27, às 19h, no Centro Cultural CEEE Erico Veríssimo (Rua dos Andradas, 1223, Centro). Na ocasião, haverá um debate sobre a vida e a obra de Cyro, com a participação dos autores do livro, do psicanalista Abrão Slavutzky, do psiquiatra José Tadeu de Toledo, do advogado Apolinário Krebes Cardoso, da professora de Literatura Maria Helena Martins e do psiquiatra Cláudio Meneghello Martins, ambos filhos do escritor. Ao longo das 220 páginas da biografia, revelam-se as virtudes e as contradições da trajetória do autor da trilogia do gaúcho a pé (Sem Rumo, Porteira Fechada e Estrada Nova), que também foi um dos pioneiros da psicanálise no Rio Grande do Sul e um dos fundadores da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre. Cyro nasceu em Quaraí a 5 de agosto de 1908 e morreu em Porto Alegre a 15 de dezembro de 1995, aos 87 anos. O lançamento da obra integra o conjunto de ações comemorativas do seu centenário de nascimento. Com base em pesquisa das jornalistas Lorena Paim e Adélia Porto e em depoimentos de familiares e amigos que conviveram com Cyro, o livro é, conforme o historiador Sérgio da Costa Franco, que assina o prefácio, “abrangente, minucioso e até indiscreto em vários aspectos. Não assume o caráter glorificador de muitas biografias. Não beatifica o biografado. Mas o apresenta como figura humana de extrema simpatia, identificado com a sociedade sofredora, com o estudo metódico e com o trabalho honesto”. O historiador acrescenta que Cyro ainda não havia sido estudado com maior profundidade. “Sai agora favorecido por este trabalho de minuciosa reconstituição de sua vida e de sua produção intelectual no campo da ficção e da ciência”. Seriedade e bom humor Cyro Martins era uma pessoa tranqüila, generosa e fidalga, na opinião de quem conviveu com ele em Porto Alegre, no Rio de Janeiro e em Buenos Aires. Na literatura, desmitificou a visão heróica do gaúcho que só enaltece o Rio Grande e o seu povo, daí o nascimento do “gaúcho a pé”. Sério, não abria mão do bom humor, do bom vinho, do bom uísque e da boa conversa. No seu receituário existencial estava prescrito que “a felicidade é feita das miudezas da vida”. A obra de 220 páginas, 16 delas ilustradas por fotos, teve produção e edição da Defender – Defesa Civil do Patrimônio Histórico, patrocínio do Grupo CEEE e financiamento da Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura. O livro não será vendido. A distribuição gratuita será feita a bibliotecas, escolas e centros de estudos. Interessados devem procurar o Centro de Estudos de Literatura e Psicanálise Cyro Martins (www.celpcyro.org.br) e a Defender (www.defender.org.br). Autores Núbia Silveira e Celito De Grandi, com Maria Helena e Cláudio Martins, no lançamento. (Porto Alegre, Clube do Comércio, 27/11/08) Leia o Prefácio de Sérgio da Costa Franco e texto de Maria Helena Martins ------------------------------------------------
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