II Encontro sobre a Mulher na Sociedade Atual | | Imprimir | |
Porto Alegre - Santander Cultural - 11 de setembro de 2010 Saudação às Palestrantes Convidadas
Cumprimento a platéia, muito contente com sua presença, e vou logo saudar nossas convidadas. Cleonice é minha descoberta recente, mas trilha os caminhos da educação e da arte há tempo suficiente para marcar seu espaço e conquistar o reconhecimento público. Conheci-a por intermédio da Aymara Celia, que também me premiou com a aproximação à Olinda Allessandrini, que há anos acolhe e acalenta nossos projetos, conferindo-lhes uma qualidade extra. Aliás, é isso que Aymara, desde o início da história do CELPCYRO, vem propiciando à trajetória de quase 14 anos de trabalho ininterrupto. Pois essas mulheres se juntam, neste evento, a um grupo de amigas de todas as horas, de fato há décadas, cujas histórias venho acompanhando, aprendendo com elas e tentando emparelhar meus passos aos avanços praticamente inatingíveis de cada uma em suas brilhantes carreiras. Rose Marie Linck,Guacira Lopes Louro, Clara Pechansky: em cada uma tenho um ombro amigo e um incentivo para tocar em frente. Enfim, por isso, esta nossa II Jornada da Mulher na Sociedade Atual se torna especialíssima para mim e para esta platéia privilegiada, pois raramente terão tido ou venham a ter oportunidade de ouvirem e dialogarem com um grupo de mulheres tão significativas para a comunidade sul-rio-grandense, para o Brasil e para o exterior, pois todas já têm seu espaço garantido nas áreas em que atuam nesse mundo afora. Elas são exemplares das conquistas femininas em nosso meio; são mulheres que atropelaram barreiras e construíram seus caminhos, por conta e risco. São da geração que em 68 soltou as tranças e tratou de ir à luta. E aqui estão para o que der e vier. E, na recolha dessas tantas expressões de época, lugares-comuns já em desuso, não quero ser saudosista, mas brincar um pouco com a audiência jovem que muito me agrada, enquanto sugiro que leiam o trecho de Cyro Martins e reflitam: .................... Não há dúvida que está em marcha um processo revolucionário em favor dos direitos da mulher. Embora persistam incertezas e desacordos, e por isso não se possa falar ainda numa emancipação plena, a não ser num ou noutro setor, contudo tem havido progressos quanto à sua posição econômica, social, política, intelectual, artística, técnica e científica. Mas perseveram, ainda, no plano sócio-cultural, incontestáveis desigualdades em relação ao homem. E estes aspectos negativos não se devem exclusivamente à prepotência do machismo tradicional, porém, em boa parte, a certo sentimento de inferioridade feminina, dependente do seu masoquismo. Esses contrastes afetivos são travas fortes que se opõem a que a mulher alcance a liberdade interior, essa sensação de leveza íntima que nos faz sentir aptos para assumir e desempenhar compromissos próprios da atividade socialmente útil, essa fidelidade que, homens e mulheres, devemos a nós mesmos. * ................. Principalmente quero dizer de minha grande alegria em receber essas convidadas e quero expressar quanto sou grata e orgulhosa de tê-las como amigas. Desejo que todos aproveitem bastante nosso Encontro. Maria Helena Martins Leia e assista Apresentações das palestrantes:
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